hic sunt dracones

Cada emprego ...

Cada emprego é um emprego. Cada equipe é uma equipe. Mas, de modo geral, tudo tem um peso na hora de entrar, ficar ou sair de um cargo ou empresa. A missão da empresa - não o texto bonito, o que a empresa faz diariamente - conta alguns pontos. Salário alto também, não tem como estar bem e ser produtivo se as contas estão vencendo. Alta liderança conta ponto, afinal é sempre bom trabalhar com o mínimo de estabilidade de ideias e entender o que a empresa faz e por que faz, às vezes a agenda do CEO parece encher linguiça mas no fundo ela cria uma certa ideia de "unidade" para todo mundo envolvido no dia a dia da sua empresa. Trabalho remoto, que é a discussão de todos os momentos, para mim é inegociável, por exemplo; prefiro ganhar menos do que trabalhar presencialmente. E liderança direta também conta pontos; microgerenciamento parece coisa pequena, mas não ter autonomia para trabalhar é muito ruim (e se um líder contrata ou mantém pessoas em quem ele não confia 100%, ele não deveria conservar essas pessoas, né?) e mina a nossa saúde mental diariamente, assim como um ambiente que se torna agressivo ou exageradamente ansioso (o que gera um gatilho em muitas pessoas, criando a sensação de urgência sem ser urgência) é um grande adoecedor de pessoas boas para o trabalho (as não tão boas não costumam se importar com isso). Colegas também têm um grande peso nessa conta. Eu, como Tech Writer, sempre trabalhei em diversas equipes ao mesmo tempo e acabei tendo menos contato com a equipe de redatores em si; mas o contato com essas equipes e colegas sempre foi ímpar (de bom) quando eu tinha esse contato; provavelmente, colegas ruins seriam uma grande pedra no meu sapato e eu iria sair no primeiro momento e na primeira oportunidade.

Mas são sempre milhares de pontos, e o salário alto é parte desses pontos sim, mas não segura e não engaja.